quarta-feira, 26 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
LENTES DE GRAU DIGITALIZADAS
Nada escapa ao mundo digital. Envolvidos com tantas ferramentas para a criação e divulgação de projetos, nossa única saída é aprender e usar ao máximo o que o mercado oferece para que possamos nos capacitar em direção aos grandes desafios.
Já que falamos em digitalização, duas semanas atrás, recebi um e-mail inusitado. Uma empresa internacional criou um programa audacioso de óculos com lentes de cristal líquido. Basta tocar a lateral da armação para as lentes se ajustarem às três distâncias. Evidente que esse tipo de produto só vai chegar ao consumidor dentro de 15 ou 20 anos, se aprovado, mas não deixa de ser uma idéia ousada.
Num exercício de futurologia, refleti sobre a aceitação desse produto por parte do público. Se hoje, ainda é difícil convencer algumas pessoas a usar óculos com lentes graduadas, como será convencer clientes a usar armações digitalizadas que, de início, não terão o conforto, leveza e elegância das atuais? Não será fácil. Preconceito contra óculos vigora desde a sua criação no final da Idade Média, quando surgiram na Itália os primeiro modelos com lentes de aumento para perto. Feias e pesadas, as peças de ferro eram exclusivas para homens, na época, mantenedores da família.
Hoje, oitocentos anos depois, óculos seguem tendências de moda. Por isso, pensados para servir também como acessórios. Mas, enquanto o projeto digital de lentes não sai da tela para a loja, vamos manter o hábito prédigital das monofocais, bifocais e progressivas.
POR: Miguel Giannini
FONTE: Dr. Visao
CUIDADOS AUMENTA A VIDA ÚTIL DOS ÓCULOS
Talvez, óculos sejam os únicos acessórios que recebem menos atenção dos usuários. Em geral, as pessoas não se preocupam com serviços de manutenção da armação. Menos ainda, no fim do uso, lavar e guardar com segurança no estojo. Como qualquer objeto necessário ao nosso conforto físico, óculos precisam de cuidados para uma vida útil mais longa. Quando os aros ou hastes começam a entortar, não podemos “tentar” consertar. A única saída é a ótica onde foi comprado. Lá, os atendentes repõem peças danificadas e ajustam a armação. Nos casos de quebra de lentes, é importante sempre ter um par para emergência, enquanto o primeiro é levado para refazer a lente.
http://www.drvisao.com.br/colunas/36-Cuidados-aumentam-a-vida-util-dos-oculos
Dessa forma, a visão e o conforto se mantêm sempre com o mesmo nível de qualidade. Se não for usado com frequência, óculos devem ser colocados, dobrados com as lentes para cima e sobre superfície lisa. Os fios de segurança podem ajudar os usuários “esquecidos”. Sempre sobre o colo, não há como perder os óculos de leitura. Confeccionados de metal, plástico, couro, tecidos, os fios são leves e os óculos sempre à vista.
Na higienização, basta uma gota de detergente de cozinha em casa lente. Esfregar delicadamente e enxaguar. Para secar, apertar levemente um pedaço de papel higiênico sobre as lentes. Os óculos estão prontos para o uso ou guardados no estojo. Como peças de uso pessoal, óculos devem passar por serviços de manutenção a cada três ou quatro meses e a limpeza ao menos duas vezes por dia, para eliminar excesso de oleosidade e partículas provenientes da poluição aérea.
POR: Miguel Giannini
FONTE: Dr. Visao
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
CERATITE
Trata-de de uma inflamação da córnea que pode ser desde um problema crônico e levar ao déficit visual e inclusive a perda da visão. Até hoje muitos casos de ceratites representam um desafio para oftalmologistas de todo o mundo, já que pode evoluir lentamente e ser rapidamente progressiva com perfuração da córnea. O transplante de córnea também é indicado com insucessos de tratamentos anteriores.
São vários os tipos de ceratites, que podem estar relacionadas a higienização das lentes de contato, cirurgia ocular, manipulação de ferida operatória, uso de determinados medicamentos. Tipicamente há história de traumatismo e lesões oculares, doença corneana pré-existente, uso de lente de contato ou de corticosteróide tópico. Os sintomas incluem dor, lacrimejamento, fotofobia, diminuição de visão, secreção purulenta e hiperemia conjuntival, secreção de pálpebra.
São vários os tipos de ceratites, que podem estar relacionadas a higienização das lentes de contato, cirurgia ocular, manipulação de ferida operatória, uso de determinados medicamentos. Tipicamente há história de traumatismo e lesões oculares, doença corneana pré-existente, uso de lente de contato ou de corticosteróide tópico. Os sintomas incluem dor, lacrimejamento, fotofobia, diminuição de visão, secreção purulenta e hiperemia conjuntival, secreção de pálpebra.
Causas
Em geral, podem apresentar-se com sintomas que não permitem distinguir a fúngica, bacteriana e viral, sendo necessária a realização de exames laboratoriais para confirmar a presença do agente causador das ceratites. As ceratites são classificadas quanto à causa ou características próprias da infecção: infecciosa (provocada por agentes como bactérias, vírus e fungos), traumática (associada com doenças sistêmicas como a ceratite seca), alérgica (como a ceratite conjuntivite primaveril), neurológica (ceratite neurotrófica tóxica ou nutricional) ou desconhecida (ceratite de Thygeson) entre outras subclassificações.
Tratamento
O tratamento das ceratites depende do agente causador da infecção e pode requerer exames laboratoriais. Além disso, deve-se ter bastante critério para identificação do tipo de ceratite assim como do medicamento adequado para a devida orientação médica. Pode haver também necessidade de tratamento com antibiótico, caso a úlcera seja severa ou oclusão dos olhos por tempo indeterminado.
A seleção do tratamento mais adequado deve estar relacionado ao tamanho, gravidade, tempo da ulceração e das tentativas efetivadas. Pode variar desde tratamentos clínicos não intervencionistas com lubrificação intensa, curativo oclusivo e lente de contato terapêutica a procedimentos cirúrgicos, obstrução de pontos lacrimais e recobrimento conjuntival.
A seleção do tratamento mais adequado deve estar relacionado ao tamanho, gravidade, tempo da ulceração e das tentativas efetivadas. Pode variar desde tratamentos clínicos não intervencionistas com lubrificação intensa, curativo oclusivo e lente de contato terapêutica a procedimentos cirúrgicos, obstrução de pontos lacrimais e recobrimento conjuntival.
FONTE: Dr Visao
CEGUEIRA

Em 1966 a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou 66 diferentes definições de cegueira, utilizadas para fins estatísticos em diversos países. Para sintetizar, um grupo de estudos sobre a Prevenção da Cegueira da OMS, em 1972, propôs normas para a definição de cegueira e para uniformizar as anotações dos valores de acuidade visual com finalidades estatísticas.
No entanto, pode-se observar, de imediato, que a quantificação médica das variações na acuidade visual é um tanto vaga para o leigo, já que a limitação visual se apresenta de forma bem variada. Diferente do que podemos imaginar, o termo cegueira é relativo, pois reúne indivíduos com diversos graus de visão residual e abrange vários tipos de deficiência visual grave. Isso não significa, obrigatoriamente, total incapacidade para ver e sim prejuízo dessa aptidão a níveis incapacitantes para o exercício de tarefas do dia-a-dia.
Considera-se portador de cegueira aquele cuja visão do melhor olho, após a melhor correção óptica ou cirúrgica, varia de zero a um décimo (escala optométrica de Snellen), ou quando tem o campo visual reduzido a um ângulo menor que 20 graus. Para entender-se melhor o que significa um décimo de acuidade visual, podemos esclarecer isso dizendo que o indivíduo portador dessa limitação enxerga apenas a uma distância de 20m.
Existe a cegueira parcial (conhecida como legal, econômica ou profissional) e nessa categoria estão os indivíduos apenas capazes de contar dedos a pouca distância e os que só vêem vultos. Próximos da cegueira total estão os indivíduos que só têm percepção e projeção de luminosidade. No primeiro caso, há apenas a distinção entre claro e escuro e no segundo (projeção) o indivíduo é capaz de identificar a direção de onde vem a luz.
A cegueira total (amaurose) pressupõe completa perda de visão. A visão é totalmente nula, ou seja, nem a percepção luminosa está presente e em oftalmologia isso significa visão zero.
Uma pessoa é considerada cega se corresponde a um dos critérios técnicos a seguir: visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, isto é, se pode ver a 6m, o que uma pessoa de visão normal pode ver a 60 metros.
Os indivíduos podem ter cegueira de nascença ou adquirida ao longo da vida. É freqüente imaginar que toda pessoa portadora de cegueira nasceu com tal problema visual, porém muitos são os casos de pessoas que adquiriram a cegueira. Eis aí uma diferença que se observa para habilidades dos portadores de cegueira.
Causas
Em geral, as causas mais freqüentes que levam à cegueira infantil são glaucoma congênito, a retinopatia da prematuridade, a rubéola, a catarata congênita, a toxoplasmose congênita, a hipovitaminose A, a oncocercose, o sarampo e o tracoma. A OMS recomenda tratamentos precoces de várias doenças oculares, as quais são preveníveis ou tratáveis com a devida intervenção oftalmológica.
Em adultos especialmente são outros fatores que podem causar a cegueira, cada um deles, com suas implicações psicológicas e emocionais. Entre os mais freqüentes estão a catarata, diabetes, descolamento de retina, glaucoma, retinopatias e causas acidentais entre outras.
Em adultos especialmente são outros fatores que podem causar a cegueira, cada um deles, com suas implicações psicológicas e emocionais. Entre os mais freqüentes estão a catarata, diabetes, descolamento de retina, glaucoma, retinopatias e causas acidentais entre outras.
Tratamento
O portador de cegueira, que cresce naturalmente nessa condição, não costuma experimentar tanto sentimento de perda, mas encontra dificuldade natural para compreensão dos conceitos visuais, principalmente num mundo em que a visualização é um importante veículo de aquisição do conhecimento.
Por outro lado, quem adquire a cegueira depois de já ter enxergado, provavelmente já contará com alguma compreensão das noções baseadas nesse mundo visual, porém terá de elaborar o sentimento de perda de tudo o que lhe proporcionava a visão. É, em geral, difícil enfrentar o processo de perda e adaptação à nova condição, o que redunda em outra relação com o sentido da visão assim como a percepção com o mundo.
Dessa forma, cada indivíduo pode apresentar maior ou menor facilidade para lidar com as perdas em sua vida. Além disso, existem inúmeras nuances a serem observadas com relação à perda da visão, que influenciarão diretamente na absorção e na aceitação da nova condição. A fase em que ocorreu a perda, se na infância, na adolescência ou na fase adulta ou mesmo na terceira idade; a forma em que se operou tal mudança, se através de uma manifestação progressiva, se por um acometimento mais rápido, ou mesmo como resultado de um trauma ou acidente, é que desencadeará as diferentes reações.
São recomendados trabalhos de educação especial para quem tem diferentes problemas com deficiência visual. Pedagogicamente, o cego é aquele que, mesmo possuindo visão subnormal, necessita de conhecimento da escrita Braille (sistema de escrita por pontos em relevo) e como portador de visão subnormal aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos.
Além disso, vários outros recursos podem ser colocados em prática para a inserção ou reinserção de indivíduos com deficiência visual. São trabalhos que dependem de conhecimento específico e sobretudo de profissionais habilitados e especializados em cegueira.
Outros recursos adicionais que podem auxiliar cegos são: Reglet - prancheta perfurada, na qual, se escreve em Braille, com o auxílio do punção, objeto usado para produzir o relevo no papel; bengala - bastão metálico ou de madeira, utilizado pela pessoa portadora de cegueira para sua locomoção, que através de um movimento de varredura, acusa obstáculos geralmente um ou dois passos a sua frente; sorobã - instrumento que possibilita a operação de cálculos matemáticos, desenvolvido a partir do ábaco e de origem oriental; livros gravados ou falados - recurso largamente difundido a partir da popularização dos gravadores portáteis, que viabiliza à pessoa portadora de cegueira o acesso ao conteúdo de livros impressos em tinta e gravados em fitas k7, por voluntários, chamados ledores entre outros.
Por outro lado, quem adquire a cegueira depois de já ter enxergado, provavelmente já contará com alguma compreensão das noções baseadas nesse mundo visual, porém terá de elaborar o sentimento de perda de tudo o que lhe proporcionava a visão. É, em geral, difícil enfrentar o processo de perda e adaptação à nova condição, o que redunda em outra relação com o sentido da visão assim como a percepção com o mundo.
Dessa forma, cada indivíduo pode apresentar maior ou menor facilidade para lidar com as perdas em sua vida. Além disso, existem inúmeras nuances a serem observadas com relação à perda da visão, que influenciarão diretamente na absorção e na aceitação da nova condição. A fase em que ocorreu a perda, se na infância, na adolescência ou na fase adulta ou mesmo na terceira idade; a forma em que se operou tal mudança, se através de uma manifestação progressiva, se por um acometimento mais rápido, ou mesmo como resultado de um trauma ou acidente, é que desencadeará as diferentes reações.
São recomendados trabalhos de educação especial para quem tem diferentes problemas com deficiência visual. Pedagogicamente, o cego é aquele que, mesmo possuindo visão subnormal, necessita de conhecimento da escrita Braille (sistema de escrita por pontos em relevo) e como portador de visão subnormal aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos.
Além disso, vários outros recursos podem ser colocados em prática para a inserção ou reinserção de indivíduos com deficiência visual. São trabalhos que dependem de conhecimento específico e sobretudo de profissionais habilitados e especializados em cegueira.
Outros recursos adicionais que podem auxiliar cegos são: Reglet - prancheta perfurada, na qual, se escreve em Braille, com o auxílio do punção, objeto usado para produzir o relevo no papel; bengala - bastão metálico ou de madeira, utilizado pela pessoa portadora de cegueira para sua locomoção, que através de um movimento de varredura, acusa obstáculos geralmente um ou dois passos a sua frente; sorobã - instrumento que possibilita a operação de cálculos matemáticos, desenvolvido a partir do ábaco e de origem oriental; livros gravados ou falados - recurso largamente difundido a partir da popularização dos gravadores portáteis, que viabiliza à pessoa portadora de cegueira o acesso ao conteúdo de livros impressos em tinta e gravados em fitas k7, por voluntários, chamados ledores entre outros.
FONTE: Dr Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/Doencas-Oftalmologicas/44-Cegueira
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
DÚVIDAS FREQUENTES SOBRE LENTES DE CONTATO
- Quando usar lentes de contato?
- São usadas para fins estéticos, substituindo os óculos em casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. As lentes gelatinosas coloridas podem modificar a cor de seus olhos. Estas lentes são indicadas também para pessoas que têm cicatriz aparente na córnea, em caso de ausência ou perda de íris (cor dos olhos) e para albinos. Várias doenças corneanas só podem ser curadas ou controladas com uso de lentes de contato. As lentes de contato proporcionam melhor visão do que os óculos em pessoas portadoras de ceratocone, anisometropia, astigmatismo irregular e em outros casos específicos.
- A partir de que idade pode-se usar lentes de contato?
- Não há idade mínima para o início do uso de lentes de contato, está a critério médico. O que deve haver é a consciência do usuário e de seu responsável de seguir as orientações do especialista para evitar problema aos olhos. Muitos jovens preferem a aparência natural das lentes de contato, o que os faz sentirem-se mais seguros de si no trato social. Eles apresentam um melhor desempenho nos esportes, pois as lentes de contato proporcionam melhor visão periférica do que os óculos.
- As lentes de Contato Podem Prejudicar os Olhos?
- Devido ao contato com os olhos, as lentes necessitam de um acompanhamento do oftalmologista. Embora sejam seguras em pacientes bem adaptados e bem orientados, algumas alterações oculares podem ocorrer sendo as infecções as mais temidas. Se você estiver bem orientado, a chance de complicação é pequena.
- É possível usar maquilagem e cremes com lentes de contato?
Sim. No entanto, alguns tipos de maquilagem devem ser evitados, como sombras em pó, rímel à prova d'água e passar lápis na borda interna das pálpebras.Ao aplicar creme nas pálpebras, evite-se sujar os cílios e, de preferência, depois de 20 minutos, tirar o excesso com lenço de papel. O creme pode penetrar nos olhos durante a noite, sujando o filme lacrimal e provocando turvação de visão, além de ardência.
- As lentes podem escorregar para trás do globo ocular?
- A anatomia do olho não permite que a lente se desloque para trás dele, mas ela pode permanecer escondida sob a pálpebras. Se o usuário não consegue removê-la, deve procurar o especialista.
- É possível praticar natação, usando lentes de contato?
- É possível, mas recomenda-se o uso de óculos de proteção, porque o cloro amarela a lente e, principalmente, por causa Do risco de contaminação em piscinas públicas. Quando a lente for molhada com água poluída, deve ser retirada para limpeza e desinfecção o mais rápido possível.
- Algumas lentes são melhores que outras?
- Todas apresentam vantagens. Decida, com seu oftalmologista, qual o tipo que melhor se adaptará ao seu caso.
- FONTE: Dr. Visao
- www.drvisao.com.br/conheca/lentes-de-contato
COMO CUIDAR DAS SUAS LENTES DE CONTATO
- Mantenha sempre o protetor do ralo na pia ao manipular as lentes.
- Mantenha suas mãos e unhas sempre limpas.
- Para prevenir confusões, sempre manuseie primeiro a lente direita, evitando assim a troca de lentes.
- Limpe semanalmente o estojo de conservação com água e sabão. Recomenda-se que o mesmo seja trocado a cada 6 meses.
- Para o enxágüe das lentes deve-se usar soluções apropriadas, podendo também ser usado soro fisiológico 0,09%. Não esqueça que o frasco do soro aberto que não estiver sendo usado deve ser sempre conservado em geladeira e descartado em no máximo sete dias.
- Não utilize água de torneira para a limpeza das lentes.
LIMPEZA DIÁRIA DAS LENTES
As lentes devem ser limpas todos os dias após o uso. Aplique duas gotas da solução limpadora indicada sobre a lente, friccione suavemente contra a palma da mão por alguns segundos e então enxágüe como o soro fisiológico.
DESINFECÇÃO DIÁRIA DAS LENTES
Deve ser feita para impedir que as lentes se contaminem. Para isso, após limpar suas lentes, coloque-as no estojo imersas na solução indicada todas as noites.
Recomenda-se enxaguar as lentes com a mesma solução antes do uso. O produto deve ser trocado no estojo TODOS OS DIAS
DESPROTEINIZAÇÃO
É a remoção dos depósitos de proteínas que se acumulam na superfície das lentes deve ser feita periodicamente, independente da limpeza. Coloca-se um comprimido em cada frasco, que deve ser preenchido com a solução até a marca. Deixar as lentes por uma noite a cada quinze dias. Caso o produto seja na forma líquida, coloque uma gota em cada lado do estojo preenchido com a solução todas as noites.
LUBRIFICAÇÃO
Existem colírios apropriados para usar com lentes de contato.
SOLUÇÕES MULTIUSO PARA LENTES GELATINOSAS E DURAS
Contém substâncias químicas que servem para desinfecção, limpeza e desproteinização ou seja, com um só produto é possível cuidar adequadamente das lentes gelatinosas e duras.
PERÍDO DE ADAPTAÇÃO
Iniciar o uso com duas horas de manhã e duas horas a tarde, fazendo o intervalo de duas horas. Aumentar uma hora de uso por período, desde que tenha sido conforto no dia anterior. Enquanto persistir a intolerância, não aumente o número de horas.
CASO ALGUM DOS SINTOMAS OU SINAIS DESCRITOS ABAIXO APAREÇA, SUSPENDA O USO E COMUNIQUE-SE IMEDIATAMENTE COM SEU MÉDICO:
Dor persistente, que não melhora com a retirada das lentes; Dor que melhora com a retirada das lentes; Vermelhidão; Turvação da vista; Secreção ocular (ramela).
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/Lentes-de-ContatoDICAS IMPORTANTES SOBRE LENTES DE CONTATO
- Toda lente de contato movimenta-se no olho a cada piscar, podendo em alguns casos deslocar-se. Caso isso se repita muito ou se a lente sair do olho com freqüência, avise seu médico.
- Receita de óculos não é receita de lentes de contato. As características da sua lente são obtidas após um teste.
- Todo usuário de lentes deve ter um óculos, mesmo que não esteja atualizado, para ser usados em situações inesperadas (perda de lente, conjuntivites, irritações) e também para uso em casa quando não estiver com lentes.
- Nem todas as lentes chamadas de uso prolongado são adequadas para uso durante o sono.
- O uso de óculos escuros sobre as lentes de contato não é obrigatório, mas pode trazer mais conforto durante o uso em ambientes muito claros. Devido ao alto risco de contaminação, deve-se evitar o uso de lentes em saunas.
- O uso de lentes em aviões deve ser evitado em função do ressecamento causado pelo ar condicionado e pela baixa umidade.
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/Lentes-de-Contato
TIPOS DE LENTES DE CONTATO
RÍGIDAS - PMMA
São discos plásticos. Essas lentes são duráveis, de fácil manutenção, porém o período de adaptação é desconfortável. Não é permeável ao oxigênio, o que limita o tempo de uso. Indicada em alguns casos.
RÍGIDAS - GÁS PERMEÁVEIS
Feitas de um plástico que permite a passagem de oxigênio para o olho através do material, sem absorver água. É mais confortável que a PMMA e menos que gelatinosa.
GELATINOSAS
Feitas de um plástico semelhante á gelatina, contêm 38 a 79% de água . Permitem a passagem de oxigênio á córnea e absorvem água como uma esponja, mantendo a lente flexível. São confortáveis desde o início do uso.
FONTE: Dr Visao | ||||||||
http://www.drvisao.com.br/conheca/Lentes-de-Contato | ||||||||
ÓCULOS INFANTIS
ARMAÇÕES
As armações infantis devem ser resistentes ao impacto, leves, confortáveis, sem que estejam soltas no rosto e nem apertadas no nariz ou atrás da orelha. O material mais utilizado para armações infantis é o policarbonato, pois preenche os requisitos mencionados.Para crianças menores, o ideal seria as de hastes presas na orelha, permitindo que a criança faça todos os movimentos sem medo de cair a armação.
Para aquelas portadoras de astigmatismo, evitar armações redondas, que permite que a lente gire na própria armação.
Os pais devem sempre verificar as condições da armação no rosto da criança, pois com o crescimento pode torna-se pequenas e inadequadas. A auxiliar pode ajudar os pais, analisando se a armação está muito grande ou muito pequena para o rosto da criança.
LENTES
As lentes dos óculos das crianças devem ser leves, resistentes ao impacto, finas, sem distorções ou aberrações e que projetam conta os raios ultravioletas A e B. Por isso, as mais indicadas são as lentes de policarbonato. As lentes CR-39 de resina rígida chegam a ser resistente ao impacto, são mais baratas que as de policarbonato, mas riscam com facilidade.Recomenda-se, cada vez mais, o uso de lentes com proteção UVA e UVB, quando da exposição prolongada ao sol. Hoje, sabe-se que 80% da exposição aos raios ultravioleta A e B ocorre até os 18 anos de idade, portanto é fundamental proteger os olhos das crianças.

É importante saber que as lentes dos óculos infantis devem ser trocadas quando muito arranhadas, pois a criança não conseguirá enxergar corretamente.
ALGUMAS
- Guardar os óculos em estojo e levá-lo para a escola;
- Evitar apoiar os óculos com as lentes para baixo, pois criam riscos;
- Avisar aos professores da necessidade do uso dos óculos, quer em tempo integral, quer só em esforços visuais;
- Evitar deixar os óculos em sofás, camas...(alguém, algum dia, sentará sobre eles!);
- Lavar as lentes com água e sabão e secá-las com lenço de papel, toalha macia, ou pano especial fornecido pela óptica;
- 6- Sempre levar os óculos novos para conferência;
FONTE: Dr. Visao
AS PARTES DOS ÓCULOS E SUAS FUNÇÕES
Desde a sua invenção, os óculos evoluíram muito: enquanto, no passado às pessoas que tinham o privilégio de possuí-los davam-se por satisfeita com o "milagre" de ter a visão melhorada, hoje os pacientes que precisam de uma correção visual são mais exigentes. Atualmente, para que os óculos tenham uma boa aceitação, precisam mais que simplesmente corrigir uma ametropia. Eles precisam ser confortáveis e estar em harmonia com o rosto e o estilo de vida das diferentes pessoas, pois estas, além de se preocuparem em ter uma boa visão, estão interessadas também em como serão vistas. Isto reflete bem o papel que os óculos vêm assumindo nos últimos anos. Além de proporcionar uma melhor visão, eles passam a ser também um item de moda, o que vem ajudar na boa aceitação e adaptação destes, principalmente por parte dos novos usuários.
Inicialmente, os óculos podem ser divididos em duas partes: 1 par de lentes oftálmicas e armação.
Quais são as partes dos óculos e quais suas funções?
O ideal é que os óculos sejam pré-ajustados, na óptica e pelo óptico, assim que a armação for escolhida e antes que sejam encaminhados ao laboratório para a montagem das lentes. Depois de prontos, devem ser feitos os ajustes finais. Toda lente oftálmica possui uma curva base para que à distância vértice seja aproximadamente a mesma em qualquer direção que o olho vire. Os ajustes dos óculos devem ser feitos em função disto.
Então, os óculos precisam ter os seguintes ajustes:
Para os óculos multifocais, os pré-ajustes devem ser bem rigorosos.
Quais são as etapas que os óculos passam até chegar prontos às mãos dos pacientes?
Inicialmente, os óculos podem ser divididos em duas partes: 1 par de lentes oftálmicas e armação.
As lentes oftálmicas podem ser classificadas:
Por seu material de fabricação:
- Inorgânica (mineral) - vidro;
- Orgânica - resina plástica.
Por seu valor dióptrico:
- Lentes convergentes ou positivas (+);
- Lentes divergentes ou negativas (-).
Por seu foco:
- Lentes monofocais - um só campo de visão;
- Lentes bifocais - dois campos de visão;
- Lentes trifocais - três campos de visão;
- Lentes multifocais ou progressivas - vários campos de visão As lentes podem ser ainda: esféricas / asféricas (miopia e hipermetropia) e cilíndricas (astigmatismo).
Quais são as partes dos óculos e quais suas funções?
Basicamente, os óculos podem ser divididos em:
- Aro:
- onde as lentes oftálmicas são encaixadas depois de devidamente cortadas e lapidadas;
- Ponte:
- parte que une os dois aros e, nas armações de acetato, serve também para apoiar os óculos sobre o nariz;
- Plaquetas:
- normalmente são encontradas nas armações de metal e têm a função de apoiar a armação sobre o nariz. As armações que possuem plaquetas permitem um melhor ajuste e posicionamento dos óculos;
- Hastes:
- servem para apoiar e prender os óculos nas orelhas;
- Charneiras:
- unem os aros às hastes;
- Ponteiras:
- extremidades das hastes que servem para apoiar e prender a armação nas orelhas. Nas armações de metal as ponteiras, normalmente, são revestidas de plástico.
O ideal é que os óculos sejam pré-ajustados, na óptica e pelo óptico, assim que a armação for escolhida e antes que sejam encaminhados ao laboratório para a montagem das lentes. Depois de prontos, devem ser feitos os ajustes finais. Toda lente oftálmica possui uma curva base para que à distância vértice seja aproximadamente a mesma em qualquer direção que o olho vire. Os ajustes dos óculos devem ser feitos em função disto.
Então, os óculos precisam ter os seguintes ajustes:
- A curvatura da armação deve seguir a curvatura facial no sentido horizontal;
- Na vertical a armação deve ter uma inclinação de aproximadamente 12 graus, chamada Inclinação Pantoscópica, ou seja, as bordas inferiores da armação ficam mais próximas do rosto do que as superiores;
- Quando a armação possuir plaquetas, estas devem ser ajustadas de modo que fiquem totalmente apoiadas sobre o septo nasal, levando em conta a altura da armação em relação ao centro da pupila;
- As hastes, devem ter uma abertura perfeita de maneira que não apertem as frontes e nem fiquem largas, causando a sensação de que os óculos estão largos;
- Finalmente, as ponteira devem ser ajustadas acompanhando a curva atrás das orelhas, com uma curva de +/- 45o, de maneira que a armação fique presa ao rosto, sem fazer pressão, para que os óculos não escorreguem sobre o nariz, aumentando a distância vértice e tirando o centro óptico das lentes do centro da pupila.

Quais são as etapas que os óculos passam até chegar prontos às mãos dos pacientes?
- Escolha e ajuste da armação;
- Escolha da lente em função da ametropia e o estilo de vida do paciente. Conforme o caso, as lentes não são encontradas prontas e é preciso que se fabrique essas lentes pelo processo de surfaçagem;
- Tirada de medidas: DNP e altura da pupila em relação à armação esta última somente nos multifocais;
- No laboratório, as lentes são cortadas e lapidadas de acordo com a armação. Esta operação pode ser feita manualmente ou nas facetadoras automáticas; depois de lapidadas as lentes são montadas nas armações;
- Conferência das medidas;
- Ajuste final.
- Os óculos precisam estar sempre ajustados para que cumpram sua principal função, que é de corrigir os vícios de refração proporcionando uma melhor visão; por isso, o usuário de óculos deve, de tempos em tempos, ir até a ótica para fazer o reajuste;
- Os óculos devem estar sempre limpos; recomenda-se que sejam sempre lavados;
- Os óculos, quando não estão sendo usados, devem ser guardados em seus estojos;
- Os óculos nunca devem ser apoiados com as lentes para baixo para que estas não sofram abrasão e fiquem riscadas.
Aviso Importante: Essas são informações genéricas sobre lentes de óculos, não constituindo nenhum tipo de indicação de uso . Visite o seu oftalmologista para saber quais são as suas reais necessidades do uso de óculos e qual tipo de óculos se adapta ao seu estilo de vida.
Esse informativo foi baseado no informativo ?Conheça lentes de contato?, da SOBLEC- Sociedade Brasileira de Lentes de Contato e Córnea.
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/OculosCatarata
Catarata é a opacidade da lente natural do olho, tanto localizada como generalizada no cristalino. Geralmente atua de maneira progressiva. Inicia-se com diminuição da acuidade visual e o uso de recursos ópticos, seja óculos ou lentes de contato, não melhorado a visão de quem tem a doença.
A catarata pode ser observada na pupila, que se torna esbranquiçada. Além de causar diminuição da visão, as pessoas podem observar imagens duplas, confusão para ver e distinguir cores, alteração freqüente do grau de óculos, muita dificuldade para a leitura e visão pior com luminosidade do sol. Pode ocorrer bilateralmente e ainda é a maior causa de cegueira no mundo, atingindo milhões de pessoas. A catarata pode ser congênita (mais rara) ou adquirida, que é a forma mais freqüente.
A catarata pode ser observada na pupila, que se torna esbranquiçada. Além de causar diminuição da visão, as pessoas podem observar imagens duplas, confusão para ver e distinguir cores, alteração freqüente do grau de óculos, muita dificuldade para a leitura e visão pior com luminosidade do sol. Pode ocorrer bilateralmente e ainda é a maior causa de cegueira no mundo, atingindo milhões de pessoas. A catarata pode ser congênita (mais rara) ou adquirida, que é a forma mais freqüente.
Causas
As cataratas adquiridas, em geral, ocorrem em pessoas acima dos 60 anos e também são conhecidas como cataratas senis. Traumas oculares, uso de corticoesteróides, inflamações intra-oculares, exposição excessiva à radiação ultravioleta e diversas doenças associadas, como o diabetes, por exemplo, são causas conhecidas. Dietas alimentares ainda são fonte de pesquisa.
Tratamento
O tratamento disponível e reconhecido cientificamente para a catarata é, sem dúvida, a intervenção cirúrgica para a remoção do cristalino opaco. Como o cristalino é uma lente natural muito rígida deve-se colocar uma outra lente no lugar para evitar que o paciente seja obrigado a utilizar óculos de alto grau.
As técnicas conhecidas para a cirurgia de catarata são a facectomia extra-capsular ou a facoemulsificação. Para a cirurgia de catarata são realizados exames pré-operatórios, os quais vão determinar o grau da lente intra-ocular para implante bem como a melhor técnica a ser escolhida para essa cirurgia. Os resultados cirúrgicos geralmente são muito bem-sucedidos e no pós-operatório faz-se acompanhamento prolongado, uso de medicamentos específicos e de lentes refrativas.
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/Doencas-Oftalmologicas/49-Catarata
As técnicas conhecidas para a cirurgia de catarata são a facectomia extra-capsular ou a facoemulsificação. Para a cirurgia de catarata são realizados exames pré-operatórios, os quais vão determinar o grau da lente intra-ocular para implante bem como a melhor técnica a ser escolhida para essa cirurgia. Os resultados cirúrgicos geralmente são muito bem-sucedidos e no pós-operatório faz-se acompanhamento prolongado, uso de medicamentos específicos e de lentes refrativas.
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/Doencas-Oftalmologicas/49-Catarata
Baixa visão
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera deficiente visual a pessoa que é privada, em parte (segundo critérios pré-estabelecidos) ou totalmente da capacidade de ver. Baixa visão (ou visão subnormal) é o comprometimento do funcionamento visual em ambos os olhos, mesmo após correção de erros de refração comuns com uso de óculos, lentes de contato ou cirurgias oftalmológicas.
Trata-se de uma definição técnica e quantitativa. Baixa visão é para quem tem uma acuidade visual menor que 0,3 (Snellen), até a percepção de luz ou, um campo visual menor que 10 graus do ponto de fixação.
Os principais indícios relacionados à deficiência visual são: constante irritação ocular, excessiva aproximação junto ao rosto para ler ou escrever, dificuldade para leitura à distância, esforço visual, inclinação da cabeça para tentar enxergar melhor, dificuldade de enxergar pequenos obstáculos no chão, nistagmo (olho constantemente trêmulo), estrabismo ou dificuldade de enxergar em ambientes claros.
Trata-se de uma definição técnica e quantitativa. Baixa visão é para quem tem uma acuidade visual menor que 0,3 (Snellen), até a percepção de luz ou, um campo visual menor que 10 graus do ponto de fixação.
Os principais indícios relacionados à deficiência visual são: constante irritação ocular, excessiva aproximação junto ao rosto para ler ou escrever, dificuldade para leitura à distância, esforço visual, inclinação da cabeça para tentar enxergar melhor, dificuldade de enxergar pequenos obstáculos no chão, nistagmo (olho constantemente trêmulo), estrabismo ou dificuldade de enxergar em ambientes claros.
Causas
As Principais causas da deficiência visual são: perda da visão decorrente de ferimentos, traumatismos, perfurações e vazamentos nos olhos. Durante a gestação, doenças como rubéola, toxoplasmose e sífilis podem causar a deficiência na criança. Infecções em recém-nascidos também podem causar déficits visuais.
Outras doenças que ocorrem, na maioria das vezes, em adultos, se não forem devidamente tratadas, podem gerar deficiência visual. Entre as principais estão: glaucoma , diabetes, toxoplasmose, descolamento de retina, catarata congênita, retinopatia da prematuridade, baixa oxigenação do cérebro (hipóxia) entre outras.
Médicos especialistas em visão subnormal estimam que os casos de deficiência visual poderiam ser reduzidos em até 30%, caso sejam adotadas todas as medidas preventivas e eficientes nas áreas de educação e saúde.
Outras doenças que ocorrem, na maioria das vezes, em adultos, se não forem devidamente tratadas, podem gerar deficiência visual. Entre as principais estão: glaucoma , diabetes, toxoplasmose, descolamento de retina, catarata congênita, retinopatia da prematuridade, baixa oxigenação do cérebro (hipóxia) entre outras.
Médicos especialistas em visão subnormal estimam que os casos de deficiência visual poderiam ser reduzidos em até 30%, caso sejam adotadas todas as medidas preventivas e eficientes nas áreas de educação e saúde.
Tratamento
A OMS preconiza avaliação funcional da visão por um profissional experiente da área de educação/reabilitação com o objetivo de observar se o indivíduo está utilizando sua visão com o objetivo de realizar um processo de estimulação visual Assim, o indivíduo pode ser potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e execução de tarefas.
O trabalho educativo pode promover uma inserção social do indivíduo, seja no ambiente domiciliar ou profissional. No entanto, deve ter o devido acompanhamento de profissionais especializados em deficiência visual para adquirir melhor orientação espacial, saber se alimentar adequadamente, utilização de auxílios ópticos (como lupas especiais, bengalas etc.). Porém, para cada caso e problema existe uma abordagem específica.
O trabalho educativo pode promover uma inserção social do indivíduo, seja no ambiente domiciliar ou profissional. No entanto, deve ter o devido acompanhamento de profissionais especializados em deficiência visual para adquirir melhor orientação espacial, saber se alimentar adequadamente, utilização de auxílios ópticos (como lupas especiais, bengalas etc.). Porém, para cada caso e problema existe uma abordagem específica.
FONTE: Dr. Visao
Anisometropia
Anisometropia é o termo empregado relacionado à condição em que o erro refrativo é diferente entre os olhos. As anisometropias são um dos campos mais controversos da prática refratométrica. Se houvesse, na definição, um valor limítrofe que identificasse os casos clinicamente significantes poderia dar uma precisão para esse problema ocular. Em crianças, quando não corrigida a tempo, a anisometropia pode inclusive levar à ambliopia no olho que tem um maior erro de refração.
Em geral, as anisometropias não ocorrem isoladamente e as diferenças refrativas não são as únicas determinantes da tolerância ao problema. Diversos fatores como o tipo de anisometropia, idade do paciente, capacidade fusional, uso de óculos também são variáveis que devem ser estudadas junto do problema.
Basicamente, as anisometropias são classificadas como miópicas quando os dois olhos são míopes e hipermetrópicas no caso de ambos os olhos serem hipermétropes. Dá-se o nome de antimetropia quando um olho é míope e o outro hipermétrope. Outra forma de classificação as divide em axiais e refrativas.
Em geral, as anisometropias não ocorrem isoladamente e as diferenças refrativas não são as únicas determinantes da tolerância ao problema. Diversos fatores como o tipo de anisometropia, idade do paciente, capacidade fusional, uso de óculos também são variáveis que devem ser estudadas junto do problema.
Basicamente, as anisometropias são classificadas como miópicas quando os dois olhos são míopes e hipermetrópicas no caso de ambos os olhos serem hipermétropes. Dá-se o nome de antimetropia quando um olho é míope e o outro hipermétrope. Outra forma de classificação as divide em axiais e refrativas.
Causas
Os sintomas variam de acordo com o tipo de anisometropia. A criança com o problema normalmente não apresenta queixas, principalmente se um dos olhos tiver boa acuidade visual. Tais casos podem ser detectados somente através de triagem visual ou exame oftalmológico e não têm causas conhecidas.
Caso ambos os olhos forem míopes, ocorre diminuição da acuidade visual. Se só um olho for míope e o outro normal, geralmente o paciente não percebe a baixa de visão pois o olho bom compensa, sendo detectada alteração somente no exame oftalmológico de rotina. Se os dois olhos forem hipermétropes ou só um e o outro normal, os sintomas são dor de cabeça, cansaço à leitura e embaçamento visual, devido à acomodação (aumento do poder óptico do olho para manter imagens claras a medida que o objeto fica mais próximo do olho) e ao esforço na tentativa do cérebro de fundir as duas imagens formadas na retina.
Caso ambos os olhos forem míopes, ocorre diminuição da acuidade visual. Se só um olho for míope e o outro normal, geralmente o paciente não percebe a baixa de visão pois o olho bom compensa, sendo detectada alteração somente no exame oftalmológico de rotina. Se os dois olhos forem hipermétropes ou só um e o outro normal, os sintomas são dor de cabeça, cansaço à leitura e embaçamento visual, devido à acomodação (aumento do poder óptico do olho para manter imagens claras a medida que o objeto fica mais próximo do olho) e ao esforço na tentativa do cérebro de fundir as duas imagens formadas na retina.
Tratamento
A prescrição óptica através de óculos ou lente de contato é a forma de tratamento mais apropriada para a correção das anisometropias. Assim, o objetivo é possibilitar a formação de imagens claras na retina de ambos os olhos. No entanto, vale salientar que ainda não existem regras rígidas para o tratamento oftalmológico das anisometropias. Cabe ao médico um exame minucioso e individualizado antes de se tomar uma decisão frente ao problema de cada paciente. O tema é bem antigo e atualmente tem adquirido repercussão com o advento das cirurgias refrativas.
FONTE: Dr. Visao
O que é ametropia?
Ametropia ou erro refrativo causa a perda da nitidez da imagem na retina. Engloba a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo, entre outras. As ametropias são corrigidas com o uso de óculos, ou adaptação de lentes de contato, ou cirugia refrativa. É importante ressaltar que dioptrias (os "graus" dos óculos ou lentes de contato) mínimas de ametropia nem sempre necessitam de correção, dependendo de cada caso, da presença de sintomas e doenças associadas. Por outro lado, considera-se emétrope a pessoa que não apresenta erros de refração consideráveis.
FONTE: Wikipedia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ametropia
FONTE: Wikipedia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ametropia
CUIDADOS COM A VISÃO
Objetos cortantes e de ponta devem ser mantidos afastados de criança. Em sítios e fazendas, cuidado com animais que podem bicar.
Cuidado com produtos químicos: álcool, detergente, soda cáustica ou água sanitária são muito perigosos. Se atingirem os olhos, lave-os durante 20a 30 minutos com soro fisiológico ou água limpa e, depois disso, procure o médico com urgência. Casos com este são emergências.
Pais ou pessoas que fumem devem redobrar os cuidados com criança por perto. Não segure ao mesmo tempo crianças e cigarros e não fume com criança por perto. A fumaça, as queimaduras (principalmente noS olhos) e as irritações causadas pelo cigarro podem ser evitadas dessa forma.
No carro, leve as crianças sempre no banco de trás, de cinto de segurança. No colo, é um convite a acidentes.
Deve-se ter muito cuidado com colírios. Nunca se deve usar um colírio sem receita médica. Os olhos são órgãos extremamente sensíveis e um colírio errado pode trazer sério problemas e levar até mesmo á cegueira. Veja como fazer para usar um colírio:
- LAVE AS MÃOS.
- LEVANTE A CABEÇA E PUXE A PÁLPEBRA PARA BAIXO PARA QUE O COLÍRIO CAIA DENTRO DO OLHO.
- PINGUE SÓ UMA GOTA EM CADA OLHO.
- MATENHA OS OLHOS FECHADO POR DOIS MINUTOS.
- NÃO ESFREGUE OS OLHOS DEPOIS DE PINGAR O COLÍRIO
Obs.: O uso excessivo de colírios pode causar sérios problemas. Siga sempre a orientação do médico.
Em algumas profissões ou em certos casos, é necessário o uso de óculos de proteção. Mais do que uma obrigação, isso é um direito do trabalhador: trabalhar com segurança. Quem trabalha com solda, vapores tóxicos, produtos voláteis, objetos cortantes, poeira, etc, deve estar sempre protegido. Além de ser lei, esta proteção existe para ajudar quem trabalha a não perder a visão por motivos simples e que podem ser evitados. Os acidentes de trabalho já causaram a perda de mais olhos de que pernas, braços e dedos
LEMBRETES IMPORTANTES
- O exame de vista pode ser feito em crianças de qualquer idade.
- Usar óculos não enfraquece a vista.
- Estrabismo(vesguice) não se cura sozinho, isto é, sem tratamento.
- Miopia não se trata com exercícios, e sim com óculos.
- O uso de lentes de contato não impede o aumento da miopia.
- Não se deve esperar que uma criança com catarata congênita cresça para ser operada.
- Nunca use colírios caseiros(leite, açúcar, limão ou chá ).
- Ver televisão de perto ou ler em veículos em movimento não faz para os olhos, desde que isso não cause mal-estar.
- Coçar os olhos pode causar muitos problemas.
- Só use colírio com orientação médica.
- Para uma boa visão, é fundamental uma boa alimentação, rica em vitamina a (cenoura, brócolis, couve, beterraba, batata doce, manga, óleo de dendê, fígado, leite, ovos).
FONTE: Dr. Visao
ANATOMIA DO OLHO E FISIOLOGIA DA VISÃO
O globo ocular está situado dentro de uma cavidade óssea e possui aproximadamente 24mm de diâmetro anteroposterior e 12mm de largura.
ANEXOS OCULARES
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/O-Olho
ANEXOS OCULARES
As sobrancelhas, os cílios e as pálpebras são protetores do globo ocular. Impedem que partículas, como poeira, caiam dentro do olho. As pálpebras também têm como função a distribuição de lágrima, ocorrida durante o piscar.
A conjuntiva é película vascular que recobre a esclera na porção visível, até a córnea. Também recobre a parte interna da pálpebras inferiores e superiores.Os músculos cada olho possui seis músculos que possibilitam sua movimentação para os lados. Quando os músculos funcionam, normalmente os dos olhos estão sempre mirando na mesma direção. Mas se a algum não funciona bem, ocorre o estrabismo ou vesguice.APARELHO LACRIMAL:
A glândula lacrimal fabrica a maior parte da lágrima que banha o olho. No canto interno da pálpebra(próximo ao nariz) existem um orifício e um canal que levam a lágrima já usada para o nariz. A lágrima serve para limpar, facilitar o ato de piscar e nutrir o olho.
CÓRNEA:
É uma membrana transparente, localizada na frente da íris. Tem como funções permitir a entrada de raios de luz no olho e a formação de uma imagem nítida na retina. Seria como a lenta da máquina fotográfica. ÍRIS: disco colorido com um orifício centras ( chamado de PUPILA)- menina dos olhos). Sua função é controlar a quantidade de luz que entra no olho: ambiente com muita luz faz fechar a pupila; ambiente com pouca luz faz dilatar a pupila. Exerce a função idêntica ao diafragma de uma máquina fotográfica.
CRISTALINO:
Lente biconvexa, transparente, flexível 9 capa de modificar sua forma), localizada atrás da íris. Sua função é focar os raios de luz para um ponto certo na retina. RETINA: camada nervosa, localizada na porção interna do olho, onde se encontram célula fotoreceptoras( CONES, responsáveis pela visão central e pelas cores, e Bastonetes, responsáveis pela visão periférica e noturna). Sua função é transformar os estímulos luminosos em estímulos nervosos que são enviados para o cérebro pelo nervo óptico. No cérebro essa mensagem é traduzida em visão.COROÍDE:
É uma camada intermediária, rica em vasos que servem para a nutrição da retina. A região da retina, responsável pela visão central, chama-se MÁCULA, na qual se localizam os cones.HUMOR VÍTREO:
É uma substância viscosa e transparente, que preenche a porção entre o cristalino e a retina.HUMOR AQUOSO:
É um líquido transparente, que preenche o espaço entre a córnea e a íris. Sua principal função é a nutrição da córnea e do cristalino, além de regular a pressão interna do olho.ESCLERA:
é a parte branca do olho. Sua função é a proteção ocular.PRIMEIROS CUIDADOS E DESENVOLVIMENTO DA VISÃO
Os primeiros cuidados com os olhos quem que tomar são nossas mães, fazendo os exames pré-natais. Nesses exames, o médico descobre se há algum problema com o bebê ou com a mãe (que pode ser transmitido ao bebê). Depois do nascimento, podem surgir conjuntivites e outros problemas, que devem ser tratados sempre médico especializado em olhos,. O oftalmologista. A partir do nascimento, a visão se desenvolve até mais ou menos 5 anos, quando a visão já será igual á de um adulto. Durante esses primeiros anos é muito importante perceber se a criança tem algum desses sintomas, que podem ser sinal de problema de visão:- Dor de cabeça ou mal-estar durante ou depois de esforço visual ( leitura, aula, assistir tv etc).
- Franzir a testa ou apertar os olhos para enxergar objetos distantes.
- Ler com os livros ou cadernos muito próximos do rosto.
- Desinteresse pela aula e pela leitura, dispersão, desatenção.
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/O-Olho
COMO ENXERGAMOS

Nos primeiros anos de vida, qualquer diminuição da transparência das estruturas a serem atravessadas pela luz ou formações de imagens fora da retina pode ocasionar deficiência visual irreversível. Por isso a necessidade da retina e do cérebro receberem estímulos visuais nítidos desde o nascimento.
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/conheca/O-Olho
Reprocessamento de produtos médico-hospitalares
Os artigos hospitalares utilizados pelos serviços de saúde podem ser “permanentes” ou “descartáveis”. No último caso, não podem ser reutilizados. No entanto, atualmente muitos produtos classificados pelos fabricantes como “descartáveis” são reprocessados e reaproveitados, ou seja, voltam a ser utilizados após desinfecção ou esterilização.
O reaproveitamento ou reutilização, após reprocessamento, de artigos hospitalares registrados pelos fabricantes como de uso único ou descartável é um dos assuntos mais polêmicos em todo o mundo. Estão envolvidos interesses da indústria, dos sistemas de financiamento da assistência à saúde e de todos os cidadãos, pois os critérios e as formas de reprocessamento estão diretamente relacionados com o controle das infecções hospitalares. Se realizado de maneira correta, pode salvar vidas, mas, se feito incorretamente, pode trazer complicações ao paciente e, em alguns casos, até levar à morte.
Muitas indústrias são contra o reprocessamento, em virtude dos perigos da reutilização. Muitos sistemas de saúde são favoráveis ao reprocessamento, tendo em vista:
Pressões relacionadas ao alto custo desses produtos;
Dificuldades de acesso e disponibilidade reduzida de determinados produtos;
Percepção de que o produto apresenta-se íntegro após o uso;
E preocupações relacionadas ao impacto ecológico do descarte sistemático.
Os Estados Unidos reprocessam cerca de 75% dos 300 milhões de dispositivos médicos de uso único comercializados anualmente no país (Health Industry Manufacturers Association – HIMA/1998). Para garantir a segurança dos pacientes, foram criados regulamentos específicos para que este processo possa ser realizado por serviços de saúde e empresas reprocessadoras.

No Brasil, os primeiros regulamentos acerca do reprocessamento de artigos de uso único apontavam quais deles não poderiam ser reprocessados. No entanto, essas normas datam da década de 80 e, portanto, estão desatualizadas, pois não incluem novas tecnologias que passaram a ser utilizados nas duas últimas décadas.
A defasagem da regulação sobre o assunto foi verificada por alguns pesquisadores, que comprovaram a prática do reprocessamento de artigos não contemplados pela Portaria GM/MS nº 04/86. Um estudo realizado em São Paulo mostrou que, dos 38 hospitais questionados (19 públicos e 19 privados), todos reprocessavam pelo menos um tipo de artigo de uso único, constante de uma lista de aproximadamente 631 itens. (Amarante J, LaPorte . 1997).
Destes hospitais nenhum seguia um protocolo validado. Outro estudo similar foi realizado pela área de Vigilância Sanitária de Serviços de Saúde da Anvisa, durante o I Simpósio de Reprocessamento de Artigos de Uso Único (2003), em São Paulo, onde foram respondidos 38 questionários (sendo 21 (55%) instituições privadas, 11 (29%) públicas e 06 (16%) de ensino). Entre as 29 instituições que afirmaram fazer o reprocessamento de artigos de uso único, 16 (55%) não possuíam rotinas técnicas e 13 (45%) reprocessavam com base em normas escritas.
Ações de vigilância sanitária
A fiscalização de serviços de saúde é de responsabilidade dos gestores estaduais e municipais de saúde. A verificação das práticas de reprocessamento de artigos, permanentes ou de uso único é realizada sistematicamente por meio de inspeções nos estabelecimentos.
Problemas relacionados à segurança do reprocessamento de produtos permanentes e de uso único têm sido verificados e as punições previstas aplicadas pelo gestor local. Entretanto, não existem estudos nacionais sobre o assunto, mas pesquisas individuais e relatórios de inspeção e de investigações de surtos apontam para situações de ausência de rotinas técnicas e processos de trabalho sem controle de qualidade, com implicações tanto de ordem técnica quanto de ordem ética, legal e econômica.
A primeira ação reguladora da ANVISA, sobre este tema foi a publicação da Consulta Pública nº 98, de 06 de dezembro de 2001, propondo normas para reprocessamento seguro de artigos de uso único. Esta consulta resultou em mais de 600 contribuições, revelando a complexidade da questão e o envolvimento da sociedade no assunto.
A compilação das contribuições levou a mudanças importantes na estrutura e no conteúdo da norma, que foi reestruturada e apresentada novamente para contribuições pela Consulta Pública nº 17 de 19 de março de 2004.
Após a análise de 84 contribuições, foi elaborado novo documento, no qual estão listados 87 artigos de uso único cujo reprocessamento não será permitido, além de regras claras para a reutilização daqueles que apresentam possibilidade de reaproveitamento. Ocorreu em Brasília no dia 03 de Junho de 2005, uma Audiência Pública apresentando a proposta da minuta da Resolução aos representantes de órgãos governamentais, conselhos de classe, sociedades civis, setor regulado e especialistas na área. Após essa Audiência foi elaborado um compilado das propostas e todas as contribuições foram publicadas na Internet. O fechamento do documento foi realizado no início deste ano com a publicação das resoluções RDC nº 30 e RE nº 515, ambas publicadas no DOU 16 de fevereiro de 2006.
Dentre as ações relacionadas ao tema, previstas no orçamento da Anvisa de 2006, incluem-se um estudo multicêntrico para validação de protocolos de reprocessamento e a publicação do roteiro de inspeção para Centrais de Materiais e Esterilização em Estabelecimentos de Saúde e do Manual de Processamento de Artigos. Este último em substituição ao Manual publicado pelo Ministério da Saúde em 1994.
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/reportagens/11-Reprocessamento-de-produtos-medico-hospitalares
O Vírus negligenciado
Estima-se que dois milhões de brasileiros estejam infectados pelo vírus HTLV. Parente do HIV, o vírus linfotrópico de células T humanas pode causar leucemia e uma doença neurológica que leva à dificuldade de locomoção, atinge olhos, pele e articulações. Salvador é a cidade com maior porcentagem de indivíduos infectados pelo HTLV-I no Brasil. Cerca de 50 mil pessoas - 2% da população da cidade - contraíram o vírus.
CPqGM/Fiocruz
Estima-se que dois milhões de brasileiros estejam infectados
pelo vírus HTLV, alvo de várias pesquisas da Fiocruz na Bahia
O Centro de Atendimento Integrado e Multidisciplinar ao Indivíduo Soropositivo (Centro HTLV), dirigido pelo patologista Bernardo Galvão, tem como objetivo produzir conhecimentos nacionais e programar ações de saúde dirigidas a portadores de HTLV. Segundo Galvão, apesar de ser mais antigo do que o HIV, o HTLV é pouco conhecido pelos seus portadores, que freqüentemente o confundem com o vírus da Aids.
"A diferença é que o HIV infectou diversos indivíduos formadores de opinião no país", disse Galvão. Na década de 80, intelectuais como Betinho e artistas como Cazuza, a comunidade científica e a sociedade organizada lideraram um movimento em prol dos portadores de HIV que culminou no bem-sucedido Programa Brasileiro de HIV/Aids.
No caso do HTLV, a maior parte dos portadores é de baixa renda e apenas 5% dos infectados desenvolvem doenças. Existem dois tipos do vírus, o HTLV-I e HTLV-II, sendo que somente o primeiro está diretamente relacionado com enfermidades. Segundo a infectologista Ceuci de Lima Xavier Nunes, as manifestações clínicas por ordem de gravidade são leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL); paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-I (TSP/HAM); e manifestações oftalmológicas, dermatológicas e articulares.
"A pessoa que desenvolve o ATL tem pelo menos 20 anos de infecção pelo vírus. A doença apresenta uma resposta paupérrima às quimioterapias até agora utilizadas, o que traduz o aspecto grave da doença", anuncia Ceuci durante a reunião semanal do Centro. Segundo ela, a sobrevida estimada para esses pacientes é bastante pequena: em média de 24 meses para sua forma crônica, dez meses para ATL tipo linfoma e seis meses para ATL aguda.
Até o momento, o Centro HTLV, que acompanha 150 pacientes infectados, registrou apenas um caso de ATL. "Foi um caso muito grave, o desenvolvimento da doença durou um ano, desde seu diagnóstico até o óbito", lembra a pesquisadora.
Outra doença relacionada ao HTLV, a HAM/TSP, é caracterizada pela perda progressiva dos movimentos dos membros inferiores, alterações urinárias, constipação crônica e disfunção sexual (disfunção erétil no homem e perda da libido na mulher). Também podem ocorrer algumas manifestações oftalmológicas, como a uveíte (inflamação do globo ocular), e uma forma grave de escabiose (sarna).
Outra característica do vírus é que ele atinge mais as mulheres e aumenta com a idade. As formas de contágio são as mesmas do HIV: relação sexual, amamentação e contato com o sangue contaminado (por transfusões ou compartilhamento de seringa).
De acordo com Ceuci, o grupo está iniciando um trabalho de descrição das principais características clínicas e laboratoriais de 100 pacientes atendidos no Centro. O objetivo é gerar conhecimentos e melhorar a assistência aos infectados. Eles vão comparar a carga viral dos sintomáticos e dos assintomáticos, detectar formas iniciais das doenças, avaliar os fatores de risco para aquisição das doenças, avaliar a procedência dos pacientes atendidos e, a longo prazo, formar um grupo de assintomáticos para serem acompanhados (saber quantos desenvolvem a doença etc).
O Centro HTLV foi criado por meio de uma parceria entre CPqGM, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Ele funciona no Centro Médico de Brotas da Fundação para Desenvolvimento das Ciências, uma instituição sem fins lucrativos mantenedora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
Carona no navio negreiro
A elevada prevalência de HTLV-I em Salvador sempre chamou atenção dos pesquisadores. Um estudo realizado por Luiz Carlos Alcântara, pesquisador do Laboratório Avançado de Saúde Publica e professor da EBMSP/FDC, encontrou uma explicação que mistura genética e história. Analisando as diferentes formas genéticas do HTLV ao longo dos tempos, pesquisadores descobriram que a presença do HTLV-I em Salvador é resultado de múltiplas introduções pós-colombianas de linhagens virais vindas da África.
O HTLV tem uma alta estabilidade genômica, o que o torna um excelente marcador molecular para traçar as migrações das populações antigas. Uma análise com cepas provenientes de todo o mundo identificou quatro subtipos do vírus HTLV-I: Ia, também chamado de cosmopolita; Ib, ou centro-africano; Ic, conhecido como subtipo da Melanésia; e Id, isolado de pigmeus dos Camarões e indivíduos no Gabão.
O subtipo cosmopolita é dividido em cinco subgrupos, de acordo com suas distribuições geográficas: A ou transcontinental; B ou japonês; C ou oeste-africano; D ou norte-africano; e E, isolado de negros no Peru.
Em um estudo para averiguar a origem do HTLV-I em Salvador, Alcântara e sua equipe descobriram que o vírus encontrado na capital baiana está mais relacionado a uma linhagem proveniente do sul da África. O curioso é que a maioria dos escravos trazidos para Salvador - cidade com 80% da população constituída por descendentes africanos - veio do oeste da África, especialmente Benin, Nigéria e norte de Angola.
Para esclarecer a questão, Alcântara viajou até a África e descobriu que existem evidências de que africanos de Angola, Madagascar e Moçambique foram trazidos para a Bahia entre o final do século 17 e o início do século 19. Também durante a colonização da África do Sul pelos ingleses, nos séculos 17 e 18, muitos indivíduos fugiram para regiões vizinhas, hoje conhecidas como Angola, Madagascar e Moçambique. Entre 1817 e 1843, a Bahia recebeu em torno de 4.100 e 2.300 africanos bantos (oriundos do sul da África) vindos de Angola e Madagascar, respectivamente.
O pesquisador também lembra que os portos de onde os escravos saíam da África não estavam diretamente ligados às origens étnicas dos escravos, uma vez que eram freqüentemente capturados em outras regiões.
Desta forma, Alcântara acredita ter encontrado a explicação para a existência do subtipo cosmopolita, subgrupo transcontinental, proveniente da África do Sul, em Salvador. Ele também não descarta a hipótese desse subgrupo estar presente em Angola, ou mesmo em outros países africanos, e ter sido levado para a África do Sul por indivíduos infectados que migraram em busca de ouro e diamantes presentes na região.
CPqGM/Fiocruz
Estima-se que dois milhões de brasileiros estejam infectados
pelo vírus HTLV, alvo de várias pesquisas da Fiocruz na Bahia
O Centro de Atendimento Integrado e Multidisciplinar ao Indivíduo Soropositivo (Centro HTLV), dirigido pelo patologista Bernardo Galvão, tem como objetivo produzir conhecimentos nacionais e programar ações de saúde dirigidas a portadores de HTLV. Segundo Galvão, apesar de ser mais antigo do que o HIV, o HTLV é pouco conhecido pelos seus portadores, que freqüentemente o confundem com o vírus da Aids.
"A diferença é que o HIV infectou diversos indivíduos formadores de opinião no país", disse Galvão. Na década de 80, intelectuais como Betinho e artistas como Cazuza, a comunidade científica e a sociedade organizada lideraram um movimento em prol dos portadores de HIV que culminou no bem-sucedido Programa Brasileiro de HIV/Aids.
No caso do HTLV, a maior parte dos portadores é de baixa renda e apenas 5% dos infectados desenvolvem doenças. Existem dois tipos do vírus, o HTLV-I e HTLV-II, sendo que somente o primeiro está diretamente relacionado com enfermidades. Segundo a infectologista Ceuci de Lima Xavier Nunes, as manifestações clínicas por ordem de gravidade são leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL); paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-I (TSP/HAM); e manifestações oftalmológicas, dermatológicas e articulares.
"A pessoa que desenvolve o ATL tem pelo menos 20 anos de infecção pelo vírus. A doença apresenta uma resposta paupérrima às quimioterapias até agora utilizadas, o que traduz o aspecto grave da doença", anuncia Ceuci durante a reunião semanal do Centro. Segundo ela, a sobrevida estimada para esses pacientes é bastante pequena: em média de 24 meses para sua forma crônica, dez meses para ATL tipo linfoma e seis meses para ATL aguda.
Até o momento, o Centro HTLV, que acompanha 150 pacientes infectados, registrou apenas um caso de ATL. "Foi um caso muito grave, o desenvolvimento da doença durou um ano, desde seu diagnóstico até o óbito", lembra a pesquisadora.
Outra doença relacionada ao HTLV, a HAM/TSP, é caracterizada pela perda progressiva dos movimentos dos membros inferiores, alterações urinárias, constipação crônica e disfunção sexual (disfunção erétil no homem e perda da libido na mulher). Também podem ocorrer algumas manifestações oftalmológicas, como a uveíte (inflamação do globo ocular), e uma forma grave de escabiose (sarna).
Outra característica do vírus é que ele atinge mais as mulheres e aumenta com a idade. As formas de contágio são as mesmas do HIV: relação sexual, amamentação e contato com o sangue contaminado (por transfusões ou compartilhamento de seringa).
De acordo com Ceuci, o grupo está iniciando um trabalho de descrição das principais características clínicas e laboratoriais de 100 pacientes atendidos no Centro. O objetivo é gerar conhecimentos e melhorar a assistência aos infectados. Eles vão comparar a carga viral dos sintomáticos e dos assintomáticos, detectar formas iniciais das doenças, avaliar os fatores de risco para aquisição das doenças, avaliar a procedência dos pacientes atendidos e, a longo prazo, formar um grupo de assintomáticos para serem acompanhados (saber quantos desenvolvem a doença etc).
O Centro HTLV foi criado por meio de uma parceria entre CPqGM, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Ele funciona no Centro Médico de Brotas da Fundação para Desenvolvimento das Ciências, uma instituição sem fins lucrativos mantenedora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
Carona no navio negreiro

O HTLV tem uma alta estabilidade genômica, o que o torna um excelente marcador molecular para traçar as migrações das populações antigas. Uma análise com cepas provenientes de todo o mundo identificou quatro subtipos do vírus HTLV-I: Ia, também chamado de cosmopolita; Ib, ou centro-africano; Ic, conhecido como subtipo da Melanésia; e Id, isolado de pigmeus dos Camarões e indivíduos no Gabão.
O subtipo cosmopolita é dividido em cinco subgrupos, de acordo com suas distribuições geográficas: A ou transcontinental; B ou japonês; C ou oeste-africano; D ou norte-africano; e E, isolado de negros no Peru.
Em um estudo para averiguar a origem do HTLV-I em Salvador, Alcântara e sua equipe descobriram que o vírus encontrado na capital baiana está mais relacionado a uma linhagem proveniente do sul da África. O curioso é que a maioria dos escravos trazidos para Salvador - cidade com 80% da população constituída por descendentes africanos - veio do oeste da África, especialmente Benin, Nigéria e norte de Angola.
Para esclarecer a questão, Alcântara viajou até a África e descobriu que existem evidências de que africanos de Angola, Madagascar e Moçambique foram trazidos para a Bahia entre o final do século 17 e o início do século 19. Também durante a colonização da África do Sul pelos ingleses, nos séculos 17 e 18, muitos indivíduos fugiram para regiões vizinhas, hoje conhecidas como Angola, Madagascar e Moçambique. Entre 1817 e 1843, a Bahia recebeu em torno de 4.100 e 2.300 africanos bantos (oriundos do sul da África) vindos de Angola e Madagascar, respectivamente.
O pesquisador também lembra que os portos de onde os escravos saíam da África não estavam diretamente ligados às origens étnicas dos escravos, uma vez que eram freqüentemente capturados em outras regiões.
Desta forma, Alcântara acredita ter encontrado a explicação para a existência do subtipo cosmopolita, subgrupo transcontinental, proveniente da África do Sul, em Salvador. Ele também não descarta a hipótese desse subgrupo estar presente em Angola, ou mesmo em outros países africanos, e ter sido levado para a África do Sul por indivíduos infectados que migraram em busca de ouro e diamantes presentes na região.
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/reportagens/12-O-Virus-negligenciado
Impacto econômico no tratamento do glaucoma: volume de gotas de colírios antiglaucomatosos brasileiros e norte-americanos
Introdução
Em oftalmologia, a via tópica é a principal forma de administração de medicações e o volume da gota instilada está diretamente relacionado à biodisponibidade da droga, para proporcionar uma quantidade padrão e adequada para ação do fármaco.
Em condições normais, em olhos não anestesiados, o volume de lágrima é em torno de 7 µl, apresentando um turnover de 16% por minuto, que pode aumentar em 30% por minuto pelo estímulo causado pela instilação da gota. As apresentações comerciais mais antigas apresentam volumes que variam entre 50 e 75 µl e atualmente os frascos fornecem gotas variando entre 25 e 56 µl.
É importante produzir uma gota menor com maior concentração da droga pois a ação farmacológica depende da quantidade residual em contato com a superfície ocular, após perdas por diluição, ligação e drenagem. Já foi demonstrado, por exemplo, que 5 µl de nitrato de pilocarpina 1,92 x 10-2 M resultam em igual concentração de 25 µl de 1,0 x 10-2 M da mesma droga, e melhora sua biodisponibilidade pela menor drenagem e menor absorção sistêmica.
De acordo com Nagataki(, a melhor concentração em filme lacrimal é atingida com uma gota de 20 µl. É comum entre pacientes usuários de colírios de mesma posologia e contendo volume igual, a observação das diferentes durações de medicações.
No mercado brasileiro há colírios que possuem equivalentes em outros países, inclusive com mesmos nomes comerciais, porém apresentados em frascos diferentes. Como o tamanho da gota está diretamente relacionado à conformação interna do bico do frasco, objetivou-se determinar se existe diferença entre a gota obtida de colírios norte-americanos e seus similares nacionais, bem como dimensionar esta possível diferença na duração do tratamento com cada frasco e seu conseqüente impacto econômico no tratamento anual.
Em oftalmologia, a via tópica é a principal forma de administração de medicações e o volume da gota instilada está diretamente relacionado à biodisponibidade da droga, para proporcionar uma quantidade padrão e adequada para ação do fármaco.
Em condições normais, em olhos não anestesiados, o volume de lágrima é em torno de 7 µl, apresentando um turnover de 16% por minuto, que pode aumentar em 30% por minuto pelo estímulo causado pela instilação da gota. As apresentações comerciais mais antigas apresentam volumes que variam entre 50 e 75 µl e atualmente os frascos fornecem gotas variando entre 25 e 56 µl.
É importante produzir uma gota menor com maior concentração da droga pois a ação farmacológica depende da quantidade residual em contato com a superfície ocular, após perdas por diluição, ligação e drenagem. Já foi demonstrado, por exemplo, que 5 µl de nitrato de pilocarpina 1,92 x 10-2 M resultam em igual concentração de 25 µl de 1,0 x 10-2 M da mesma droga, e melhora sua biodisponibilidade pela menor drenagem e menor absorção sistêmica.
De acordo com Nagataki(, a melhor concentração em filme lacrimal é atingida com uma gota de 20 µl. É comum entre pacientes usuários de colírios de mesma posologia e contendo volume igual, a observação das diferentes durações de medicações.
No mercado brasileiro há colírios que possuem equivalentes em outros países, inclusive com mesmos nomes comerciais, porém apresentados em frascos diferentes. Como o tamanho da gota está diretamente relacionado à conformação interna do bico do frasco, objetivou-se determinar se existe diferença entre a gota obtida de colírios norte-americanos e seus similares nacionais, bem como dimensionar esta possível diferença na duração do tratamento com cada frasco e seu conseqüente impacto econômico no tratamento anual.
Métodos
Foram adquiridos em farmácias nos Estados Unidos e no Brasil 8 frascos dos seguintes colírios: Timoptolâ 0,5% (5ml Merck - Brasil); Timopticä 0,5% (5ml Merck - EUA); Alphaganâ 5ml (Allergan - Brasil); Alphaganä (5ml Allergan - EUA); Betoptic Sâ (5ml Alcon - Brasil); Betoptic Sä (5ml Alcon - EUA); Iopidine â (5ml Alcon - Brasil) e Iopidineä (5ml Alcon - EUA); nos EUA, em 4/99 na Medical Center Pharmacy, New Haven, EUA, e no Brasil, na Drogaria São Paulo / Pedro de Toledo na mesma época.
Comparou-se o peso de cada gota em balança de precisão eletrônica Marte modelo AL500 com sensibilidade de até 1mg e reprodutibilidade de até 1mg, em temperatura ambiente e tarada a cada medida, para cada frasco.
Para obtenção da gota o frasco de colírio foi invertido a 90°, e levemente pressionado a fim de proporcionar uma gota após aproximadamente 15 segundos. Todos os colírios foram abertos e testados pelo mesmo investigador e 10 gotas de cada frasco foram pesadas para estabelecer cada medida. A balança foi tarada a cada medida.
A determinação do volume da gota foi obtida após a pesagem de um ml (conseguido através do uso de uma pipeta) de cada medicação, pela relação volume-peso. Mediu-se nos frascos o volume das gotas, o número de gotas em cada frasco e a duração do tratamento baseado no número de gotas disponíveis (considerando o uso diário de uma gota aplicada em cada olho, duas vezes ao dia, no total de 4 gotas por dia).
Determinou-se também, para cada tipo de colírio, o custo mensal do tratamento para cada um dos frascos, baseado nos preços das medicações adquiridas.
As comparações das variáveis quantitativas analisadas foi procedida pelo teste não paramétrico para amostras independentes de Mann-Whitney, sendo considerada uma diferença estatisticamente significante um valor de probabilidade menor que 5%.
Foram adquiridos em farmácias nos Estados Unidos e no Brasil 8 frascos dos seguintes colírios: Timoptolâ 0,5% (5ml Merck - Brasil); Timopticä 0,5% (5ml Merck - EUA); Alphaganâ 5ml (Allergan - Brasil); Alphaganä (5ml Allergan - EUA); Betoptic Sâ (5ml Alcon - Brasil); Betoptic Sä (5ml Alcon - EUA); Iopidine â (5ml Alcon - Brasil) e Iopidineä (5ml Alcon - EUA); nos EUA, em 4/99 na Medical Center Pharmacy, New Haven, EUA, e no Brasil, na Drogaria São Paulo / Pedro de Toledo na mesma época.
Comparou-se o peso de cada gota em balança de precisão eletrônica Marte modelo AL500 com sensibilidade de até 1mg e reprodutibilidade de até 1mg, em temperatura ambiente e tarada a cada medida, para cada frasco.
Para obtenção da gota o frasco de colírio foi invertido a 90°, e levemente pressionado a fim de proporcionar uma gota após aproximadamente 15 segundos. Todos os colírios foram abertos e testados pelo mesmo investigador e 10 gotas de cada frasco foram pesadas para estabelecer cada medida. A balança foi tarada a cada medida.
A determinação do volume da gota foi obtida após a pesagem de um ml (conseguido através do uso de uma pipeta) de cada medicação, pela relação volume-peso. Mediu-se nos frascos o volume das gotas, o número de gotas em cada frasco e a duração do tratamento baseado no número de gotas disponíveis (considerando o uso diário de uma gota aplicada em cada olho, duas vezes ao dia, no total de 4 gotas por dia).
Determinou-se também, para cada tipo de colírio, o custo mensal do tratamento para cada um dos frascos, baseado nos preços das medicações adquiridas.
As comparações das variáveis quantitativas analisadas foi procedida pelo teste não paramétrico para amostras independentes de Mann-Whitney, sendo considerada uma diferença estatisticamente significante um valor de probabilidade menor que 5%.
Resultados
Comparando-se os volumes de gotas de antiglaucomatosos nacionais e americanos verificou-se que em todos eles o volume das gotas foi maior nos colírios brasileiros de forma estatisticamente significante (Tabela 1). Em média, a gota brasileira de Alphaganâ foi 18% (8,6-29,1%) maior que a do importado, a gota média de Betoptic Sâ foi 38,4% (30,5-44,4%) maior que a do importado, a gota média de Iopidineâ foi 46,3% (13,6-80,7%) maior que a do importado e a gota média de Timoptolâ foi 14,7% (9,8-19,0%) maior que a do importado.
O número médio de gotas por frasco obtido com os produtos brasileiros foi significativamente menor que o dos frascos norte-americanos, com média de 15,2% menor para o Alphaganâ, 27,7% menor para o Betoptic Sâ, 32,1% menor para o Iopidineâ, e 12,8% menor para o Timoptolâ.
A duração média dos frascos foi significantemente menor nos frascos brasileiros. Um frasco de Alphaganä foi em média 17,8% maior que o nacional, o Betoptic Sä 38,3% maior que o nacional, o Iopidineä 47,3% maior que o nacional e o Timoptic® norte-americano 14,7% maior que o Timoptol® nacional.
Comparando-se os volumes de gotas de antiglaucomatosos nacionais e americanos verificou-se que em todos eles o volume das gotas foi maior nos colírios brasileiros de forma estatisticamente significante (Tabela 1). Em média, a gota brasileira de Alphaganâ foi 18% (8,6-29,1%) maior que a do importado, a gota média de Betoptic Sâ foi 38,4% (30,5-44,4%) maior que a do importado, a gota média de Iopidineâ foi 46,3% (13,6-80,7%) maior que a do importado e a gota média de Timoptolâ foi 14,7% (9,8-19,0%) maior que a do importado.
O número médio de gotas por frasco obtido com os produtos brasileiros foi significativamente menor que o dos frascos norte-americanos, com média de 15,2% menor para o Alphaganâ, 27,7% menor para o Betoptic Sâ, 32,1% menor para o Iopidineâ, e 12,8% menor para o Timoptolâ.
A duração média dos frascos foi significantemente menor nos frascos brasileiros. Um frasco de Alphaganä foi em média 17,8% maior que o nacional, o Betoptic Sä 38,3% maior que o nacional, o Iopidineä 47,3% maior que o nacional e o Timoptic® norte-americano 14,7% maior que o Timoptol® nacional.
O estudo mostra o custo anual (calculado para 365 dias de uso diário de uma gota duas vezes ao dia em cada olho) dos colírios antiglaucomatosos, em reais, por paciente, com o colírio atual no mercado e o que custaria se o volume médio da gota brasileira fosse semelhante ao volume médio norte-americano. Encontrou-se anualmente um gasto médio maior de R$ 66,60 para o Alphagan, R$ 53,20 para o Betoptic S, R$ 116,60 para o Iopidine e R$ 7,40 para o Timoptol.
Discussão
No presente estudo observou-se diferença importante entre os volumes de gotas de colírios brasileiros e norte-americanos. Apesar de todas apresentações testadas forneceram gotas de volume aceitável (abaixo de 50 µl), e estão em conformidade com as normas vigentes no Ministério da Saúde. Entretanto as diferenças observadas indicam que o volume da gota fornecida pelo frasco deve ser valorizado quando da homologação dos medicamentos, para que sejam evitados desperdícios e elevação de custos.
A diferença na duração dos frascos nacionais e importados, bem como no custo salientam a repercussão sócio-econômica e as vantagens da padronização no tamanho da gota, particularmente útil em pacientes usuários crônicos de colírios como os glaucomatosos. Amaral e cols. já descreveram, com resultados similares aos nossos, médias de volumes de gotas dos colírios antiglaucomatosos brasileiros.
A análise laboratorial do trabalho foi desenvolvida de julho a novembro de 1999, anteriormente à informação à classe oftalmológica que o laboratório Alcon® (produtor dos colírios Betoptic S® e Iopidine®) modificou a formatação dos bicos dos colírios com a finalidade de propiciar gotas com volume menor. De acordo com a Alcon®, consultada antes da publicação deste trabalho, todos os frascos de colírios tiveram sua formatação modificada desde outubro de 1999, passando então a utilizar os mesmos frascos de colírios norte-americanos. Tal fato deve ser objeto de avaliações futuras. O laboratório Allergan, igualmente consultado, garante a nova padronização de bicos de colírios para o padrão "Boston Round", em utilização nos EUA, para os próximos meses, o mesmo foi informado pelo laboratório Merck Sharp Dohme.
Outros medicamentos oftalmológicos deveriam ser incluídos em estudos deste tipo, inclusive para produtos a serem usados em pacientes usuários de lentes de contato. A abrangência deste assunto vai além: outras especialidades que não a oftalmologia necessitam de avaliação de seus produtos em relação ao desperdício, onerando a população brasileira. O despreparo do governo em relação a este assunto é notado, e sugere-se nova avaliação para qualificação de medicamentos em relação ao registro e revalidação, combatendo-se a cultura do desperdício.
Pela análise dos resultados constatou-se que os colírios nacionais fornecem gotas de volume estatisticamente maior que os norte-americanos, acarretando menor duração do frasco e maior custo para os usuários brasileiros. Se os colírios brasileiros fornecessem gotas em volume igual ao dos norte-americanos, haveria economia de até 46,9% no tratamento dos pacientes, chegando quase ao equivalente a 77% de um salário mínimo atual por ano.
No presente estudo observou-se diferença importante entre os volumes de gotas de colírios brasileiros e norte-americanos. Apesar de todas apresentações testadas forneceram gotas de volume aceitável (abaixo de 50 µl), e estão em conformidade com as normas vigentes no Ministério da Saúde. Entretanto as diferenças observadas indicam que o volume da gota fornecida pelo frasco deve ser valorizado quando da homologação dos medicamentos, para que sejam evitados desperdícios e elevação de custos.
A diferença na duração dos frascos nacionais e importados, bem como no custo salientam a repercussão sócio-econômica e as vantagens da padronização no tamanho da gota, particularmente útil em pacientes usuários crônicos de colírios como os glaucomatosos. Amaral e cols. já descreveram, com resultados similares aos nossos, médias de volumes de gotas dos colírios antiglaucomatosos brasileiros.
A análise laboratorial do trabalho foi desenvolvida de julho a novembro de 1999, anteriormente à informação à classe oftalmológica que o laboratório Alcon® (produtor dos colírios Betoptic S® e Iopidine®) modificou a formatação dos bicos dos colírios com a finalidade de propiciar gotas com volume menor. De acordo com a Alcon®, consultada antes da publicação deste trabalho, todos os frascos de colírios tiveram sua formatação modificada desde outubro de 1999, passando então a utilizar os mesmos frascos de colírios norte-americanos. Tal fato deve ser objeto de avaliações futuras. O laboratório Allergan, igualmente consultado, garante a nova padronização de bicos de colírios para o padrão "Boston Round", em utilização nos EUA, para os próximos meses, o mesmo foi informado pelo laboratório Merck Sharp Dohme.
Outros medicamentos oftalmológicos deveriam ser incluídos em estudos deste tipo, inclusive para produtos a serem usados em pacientes usuários de lentes de contato. A abrangência deste assunto vai além: outras especialidades que não a oftalmologia necessitam de avaliação de seus produtos em relação ao desperdício, onerando a população brasileira. O despreparo do governo em relação a este assunto é notado, e sugere-se nova avaliação para qualificação de medicamentos em relação ao registro e revalidação, combatendo-se a cultura do desperdício.
Pela análise dos resultados constatou-se que os colírios nacionais fornecem gotas de volume estatisticamente maior que os norte-americanos, acarretando menor duração do frasco e maior custo para os usuários brasileiros. Se os colírios brasileiros fornecessem gotas em volume igual ao dos norte-americanos, haveria economia de até 46,9% no tratamento dos pacientes, chegando quase ao equivalente a 77% de um salário mínimo atual por ano.
Agradecimentos
Ao Dr. Augusto Paranhos Jr. pela sua colaboração de New Haven, EUA.
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
FONTE: Dr. Visao
http://www.drvisao.com.br/reportagens/13-Impacto-economico-no-tratamento-do-glaucoma-volume-de-gotas-de-colirios-antiglaucomatosos-brasileiros-e-norte-americanos
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